26.03.18
Parábola dos dois
devedores – síntese
(Imagem da internet – meramente ilustrativa)
Jesus
é convidado por um fariseu para comer com ele.
Aceitou,
adentrou na casa, reclinou-se à mesa.
Então
apareceu uma mulher da cidade, considerada “pecadora”, sabendo que o Mestre ali
se encontrava.
Vendo
Jesus, a mulher chorava e com lágrimas começou a banhar-lhe os pés, cobrindo-os
de beijos, enxugando-os com os cabelos, ungindo-os com perfume. O fariseu não gostou disso.
Jesus,
percebendo, diz a Simão (que o convidara):
“Um
homem tinha dois devedores, um devendo quinhentos denários, o outro, cinquenta.
Impossibilitados de pagar, o homem perdoou a ambos. Qual dos dois mais amará
quem os perdoou?”.
Simão
responde: “O que devia mais”.
Jesus
proclama: “Julgaste bem”.
A
seguir Jesus cita o atendimento fraternal (costume da época) que recebeu da
mulher, tão diferente do anfitrião:
“Ela
não parou de cobrir meus pés de beijos e você não me deu um ósculo”; “Não me
derramaste óleo na cabeça, e ela, ao contrário, ungiu meus pés com perfume”;
“Por essa razão, eu te digo, seus numerosos pecados lhe estão perdoados, porque
ela demonstrou muito amor”; “Mas, aquele a quem pouco foi perdoado, mostra
pouco amor”.
Por
essa razão, Jesus disse à mulher: “Teus pecados estão perdoados. Tua fé te
salvou; vai em paz”. (Lucas – 7.36-50)
- - -
Esta Parábola, bem
detalhada (mas, aqui sintetizada), expõe várias lições de Jesus, cujo
entendimento se faz fácil:
● quando dois
devedores têm sua dívida perdoada, a gratidão do que deve mais, normalmente é
maior do que a gratidão do que pouco deve;
● a mulher
“pecadora” conhecia as lições de Jesus e, arrependida da vida que levava, prestou-lhe
a homenagem cerimoniosa (costumeira, à época), que o próprio dono da casa não
fez;
● os Evangelistas
referem-se a outras passagens sobre mulheres ungindo o Cristo, o que leva o
tema a ser discutível, se a mulher desta Parábola seria a Maria, nascida em
Magdala (costa oeste do Mar da Galileia), conhecida como “Maria Madalena”;
● da minha parte, respeitando
as controversas opiniões dos teólogos e biblistas e outros, por meus estudos na
literatura espírita, sem considerar como fato inquestionável, creio tratar-se
mesmo de Maria Madalena;
● a atual cerimônia litúrgica católica do “Lava-pés”, bem como o sacramento do Batismo (unção com óleo, na cabeça e peito da
criança), parecem vestígios de costumes antigos, anteriores mesmo a Jesus.
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